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15 agosto 2013

Meu mundo

Estranho mesmo é descobrir que o mundo inteiro gira em torno de você, mesmo você não sendo o centro do universo. Estranho é descobrir que você sempre faz tudo para ser notado, mas está eternamente só. Estranho é descobrir que suas relações são momentâneas e que você não está ligado de fato a ninguém. No natural da minha vida não há nenhuma relação fixa, todos vão e vem, os que ficam estão distantes, não há nada que possa ser tocado.
Os outros conseguem amar, viver e realizar. Eu vivo meu mundo, onde consigo tudo que quero, mas não tenho ninguém para compartilhar.
São palavras sofridas, como uma arte, como um poema, como uma dança. Tudo são momentos, momento disso, momento daquilo, momento de ser e ter, momento de perder. Há momentos longos, curtos, medianos, inexistentes, imaginários. Há momentos em que quero desistir de tudo, matar o que sou, mas ai percebo que não posso perder meu passado, eu, que prego tanto o desapego. Percebo então que não posso. Aqueles que me olham não aprovariam, aqueles que estão distantes, lembra? Estou em uma prisão criada na minha mente, onde meu coração devaneia. Eu sou como alguém normal,, e assumir isso para mim é difícil, já que sempre acreditei ser o centro de tudo. Sou normal, fraco, falho, omisso, egoísta, mentiroso, aproveitador. Todo meu lado bom é vaidade. Minha bondade é apenas a necessidade de agradar, receber elogios, ser o centro. Tudo gira entorno de mim, do que quero, do que sonho, do que gosto.... é esse meu erro, sempre foi e sempre será até que eu mude. Caramba, lendo isso eu percebo, o quanto sou hipócrita...

05 agosto 2013

Adiante

Como posso eu,
Guerrear com teu passado,
Se só me queres como alento,
Nunca como namorado.

Sou passatempo na tua mão.
Brinquedo velho,
que quando se enjoa dos novos,
vem de novo se lembrar.

És vazio e obsoleto.
Perdido em sonetos, versos,
De outros que te controlam.
Jamais acordando.

De ti não sou nada,
sendo assim é melhor sê-lo.
Nossos laços de verão,
de momento. Temporada.

Confuso, perdido em tuas teias,
Roda o mundo imaginário,
Acredita em firulas,
E até, em piruetas.

Me marcaste duas vezes,
em peito fogo de brasa ardente, 
qual então é tua diversão?
Se vive inconsciente.

Bobo fui eu, que me deixei levar.
Novamente....