Páginas

09 abril 2014

Suando frio


É estranho se sentir assim, sem chão, traído. É estranho isso de me conter pra não te magoar.
Agradeço as minhas vistas cansadas que sem o costumeiro óculos não viram a decepção a espreita. Trazer o inimigo pra casa, pro lar, onde moramos, descansamos.... Desconhecidos é aceitável, pelo simples fato de serem uma esquina, uma parada, uma estação que logo se vai... Mas o inimigo...
Não tenho ódio, nem raiva de sua decisão, mas ainda estou sem chão, pego de surpresa, logo eu, que armo todos os jogos...
Es tao inocente, acaricia a cobra que já te deu o bote, jogando num jogo de círculos, sem reconhecer a alma do oponente.
Com quantos paus se faz um navio de vida, como remar em alto mar? Como me equilibrar nessa decisão bamba de existir, nesse hífen.
Que não se repita mais essa dor, de ver a casa pegar fogo, de ver o vento atiçar as chamas, de amar e odiar as tuas escolhas.